NESSE QUADRO RETRATADO,
ESTÁ TUDO MUDADO.
Hoje esta tudo mudado
Não temos mais o
sossego
De antes do
interior
Agora todo grotão
É percorrido por
ladrão
Malfazejo e
matador.
Antigamente, no campo.
Era bastante tranquilo
Á noite na zona
rural
Zuada só havia de grilo
Sapo e a rã no
embalo
Juntamente com o
galo
Com seu belo
estilo.
Porem no período das
chuvas
Que enverdece a
mata
É bonito ouvir o
som
Das águas das
cascatas
Em noite de lua
cheia
Na bela brisa
clareia
Com brilho cor de
prata
No tempo de
estiagem
Tem quentura com
fervor
A população do
campo
Sofre muito com
calor
E surgindo uma
queimadura
Situação complicada
Deixa o povo com
pavor.
Vejo que na zona
rural
Não há mais
tranquilidade
Barulho Ta quase
igual
O que existe na cidade
Fica que nem
terremoto
Em todo lugar tem
moto
Correndo com
intensidade
Quem mora em beira
de linha
Preste muita
atenção
Pois toda hora da
noite
Está rodando
ladrão
Que pensa só em
roubar
Seja o que
encontrar
Dinheiro até
botijão.
De uma forma
rotineira
Achando algo de
valor
Leva de qualquer
maneira
Roubam dinheiro e
produto
Com o pensamento
bruto
Para gastar na
zueira
O malandro está
atento
Pronto para dar o
bote
Em um vacilo de
nada
Ele vai e faz o
trote
Gostam de fazer
gracinha
Enche o cesto de
galinha
Bode, pato e
capote.
Não é somente os
ladrões
Que estão nesse
lampejo
Existe outros que
tiram
A paz do sertanejo
É o tal do camelo
Abusivo vendedor
Dia a dia é o que
eu vejo.
Mascate não é
ladrão
Afirmo não se aborreça
Desse que puxam o
gatilho
A informação
fornece
Dele apenas só anda
A esperteza numa
banda
Vendendo acima do
preço
Às vezes o cidadão
Está até cochilando
Air ouve um barulho
Duma buzina
apitando
Sai fora tem um
vendedor
Dizendo o meu
senhor
O que quer vai
perguntando?
Eu estou vendendo
roupas
Barata de marca
boa
Tenho rede de toda
forma
Serve pra qualquer
pessoa
Lençol de
qualidade
Compre boa quantidade
Não vai gastar
grana a toa
Surge o vendedor
de pão
De peixe ,fruta e
verdura.
Vai cantando o
pessoal
Mé ajude nessa
luta
Compre seja o que
for
Mas existe camelo
De atitude bem bruta
Uma vez um cidadão
Irritou-se com a
demora
Dum mascate insistente
Ijá co mais de uma
hora
O homem falou
sincero
Pro vendedor o que
queria
Faça o favor, vá
embora
É dessa forma a rotina
Do povo do interior
Ladroes invadem
sua casa
Procurando algo de
valor
É uma coisa esquisita
Dia a dia temos
visita
Como sempre de
camelo
Onde eu moro é
tranquilo
Isso eu posso
afirmar
Pois tem mudado
bastante
De certo tempo pra
cá
O rojão tá meio quente
Agora daqui pra
frente
A tendência e só
piorar.
POETA-BARTOLOMEU
MENDES