terça-feira, 26 de dezembro de 2017

SAUDADES DA FAZENDA BOQUEIRÃO



SAUDADES DA FAZENDA BOQUEIRÃO
A coisa melhor do mundo
É  viver numa fazenda
Pra uma pessoa que gosta
Você que me compreenda
E aqui em São João da Serra
Na nossa querida terra
Seu ”Edmilson Frazão”
Uma dessas possuía
E sua maior alegria
Era está em boqueirão.

Boqueirão era o nome
Daquela propriedade
Um paraíso terrestre
Com toda sinceridade
Lá tinha sempre um vaqueiro
Potente do pé ligeiro
Trabalhando sem parar
Cuidando da “vacarada”
Comendo leite e coalhada
Naquele belo lugar.

O cantar do galo é
Despertador do sertão
E não era diferente
Na fazenda boqueirão
Quando o galo cantava
O vaqueiro já estava
Na labuta matinal
Com o balde na estaca
Tirando o leite da vaca
No majestoso curral.

Umas vacas bem leiteiras
Naquela fazenda tinha,
Mas a que dava mais leite,
Era uma vaca miudinha
Do bezerro enchia o bucho
Chega caia o capucho
Da boca do bezerrão
Uma vaquinha completa
E também a predileta
De Edmilson Frazão.
  
As mulheres dos vaqueiros
Belos queijos preparavam
E todos lá da fazenda
Da delicia apreciavam
Que fartura era aquela?
“pão” na tampa da panela
O povo achava legal
Quem fosse impaciente
Já tomava leite quente
Na porteira do curral.

O período da partia
Era no mês de janeiro,
Onde entravam em consenso
O patrão e o vaqueiro
Assim bezerro berrava
A marca quente ferrava
A coisa era mesmo assim:
Bezerro para o patrão
Pro vaqueiro animadão
E ainda pro Frazãozim.

Lá tinha muitos cavalos
Corredores bem ligeiros
Andava com Frazãozim
E também com os vaqueiros
O Malfim, o confiança.
Nunca saem da lembrança
E ainda o Xodó ;
Outro grande corredor:
manga  larga machador
Vindo de Campo Maior .

Outro cavalo famoso
Era o cavalo balanço
Muito pegador de gado
“Castaninho” e muito manso,
Tinha o cavalo batom
Que era danado de bom
E alegrava a “peãozada”
e o corredor de prado
era o cavalo dourado
que arrasava em vaquejada.

O cavalo chefe da tropa
Era o grande Juriti
Da sela de Antônio Cardoso
Era famoso aqui
Tinha lá outro vaqueiro
Com um cavalo ligeiro
Gordo, “chega era redondo”
O Vítor Sérgio afamado
No seu pegador de gado
O cavalo Maribomdo.

Na lida com os cavalos
Precisava ser ligeiro
Botar Água, dá ração
Ir caçá-los no “Pieiro”
Banhá-los lá no açude
Para tirar bem o grude
Tudo na hora marcada
E sem fazer alvoroço
Iam até correr em osso
Pelo pátio da mora.

Quando faltava a chuva
Nessa banda do nordeste
Tinha que levar o gado
Para as terras do agreste
O senhor Pedro Cardoso
Um vaqueiro bem famoso
Entendia o recado
Juntando com os seus amigos
E enfrentando os perigos
Saiam tocando o gado.

No sábado de aleluia
Era grande animação
Matavam sempre uma vaca
Na fazenda boqueirão
O cabra impaciente
Tacava no fogo quente
Figo ,bofe e coração
O povo alegre comia
O tira gosto e bebia
Uma dose de pifão .

Outra festa importante
E também muito animada,
Que ali acontecia
Era a grande farinhada,
Pode acreditar que tinha
Toda espécie de farinha
Goma tirada no pano
E um beiju grande danado
Que ali era chamado
De chapéu de mexicano.

Também tinha a partia
Dos cabritos no chiqueiro
Fosse três para o patrão
Era um para o vaqueiro
Dessa maneira então
Não havia discursão
Boa partia se dava
O fazendeiro animado
Com cavalo, bode e gado
A sua vida tocava.

Seu Edmilson Frazão
Seus bons cavalos comprava
Do senhor Raimundo Inácio
Que pelo lugar andava
Animais de bom agrado
Corredor atrás de gado
Dentro da mata fechada
Também chamava atenção
Por fazerem arrastão
Em festa de vaquejada.

O povo de Teresina
Amigos e também parentes
Vinham sempre festejar
Naquele belo ambiente
Comer queijo e coalhada
E carne de bode assada
Naquele meio rural
Era bom até demais
Sobrinhos, filhos e pais
Alegria era geral.

Falei somente um pro cento
Do que ali acontecia
Pois sei que divertimento
Ali tinha todo dia
Mas esse tempo passou
A fartura lá ficou
É triste a realidade
De tudo que teve lá
Para todos alegrar
Restou somente a saudade.

POETA ANTONIO CARLOS
BASEADO NOS RELATOS DE HERLLYS TORRES.





NO NATAL DO CONSUMISMO ESQUECERAM DE JESUS





NO NATAL DO CONSUMISMO
ESQUECERAM DE JESUS

Sei que o significado
Do natal mudou bastante
Não vemos aquele brilho
De data tão importante
Não se lembram de Jesus
A mente só se conduz
Ao consumismo arrogante.

Ninguém quer saber de ir
Fazer uma oração
Permanecer com a família
Na mais completa união
Fazendo o melhor agrado
Vão para o supermercado
Fazer compra de montão.

Em vez de ir conversar
Com o tio ou com a tia
Vão uma pinga tomar
Em uma churrascaria
Pra shopping center também
Comprar coisa que já têm
Na maior hipocrisia.

As conversas de outrora
Tão ficando para traz
Uma ceia de natal
Tem o seguinte cartaz
Pinga no meio da canela
Descendo quente na “guela”
Derruba qualquer rapaz.

Ninguém quer mais nem saber
De ir ficar com a família
Se puderem vão até
Fazer compra em Brasília
A mente é igual à brasa
Querem enfeitar a casa
Enchendo a de mobília.

Eu acho interessante
Essa moda do povão
Pra dizer “feliz natal”
E abraçar o irmão
Não der uma de “atrasado”
Precisa está preparado
E com a presente na mão.


Natal é tempo de amar
E sempre fazer o bem
Acolher os excluídos
Dar um pão a quem não tem
Ascendendo uma luz
Inspirando-se em Jesus
Pra sempre fazer o bem.

Eu deixo aqui meu recado
Para todo pessoal
Que não matem a essência
Dessa data especial
É pra lembrar de Jesus
Que é nossa fonte de luz
Por isso tem o natal.

FIM,SÃO JOÃO DA SERRA 26.12.2017
POETA ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA

BIBLIOGRAFIA: Antonio Carlos de Almeida nasceu aos 27 de abril de 2001,no hospital Raimundo Lopes Correia Lima na cidade de São João da Serra. Filho de Maria da Cruz de Vasconcelos Silva e Renato de Vasconcelos Almeida foi adotado, logo no dia em que nasceu, por Francisca Romana Almeida e José Alves de Almeida que o levaram para a localidade Floresta que fica na margem esquerda do rio Poty divisa entre São João da Serra e Alto Longá.
Carlos cresceu no interior vendo e ajudando sua família nos trabalhos da roça e o seu pai um exímio pescador, coisas tão simples que muito lhe inspiram na criação dos seus cordéis. Começou a escrever cordel aos dez anos, quando sua mãe dona Romana comprou um folheto do poeta Pedro Costa intitulado “MARTILIANA A SANTA CANONIZADA PELO POVO”, o que o incentivou a escrever o seu primeiro cordel falando de Santa Cruz dos Milagres, infelizmente este perdeu-se devido ao pouco cuidado. Em setembro de 2016 publicou na revista de divulgação cultural “DE REPENTE” o cordel “A PEGA DO BARBATÃO”, o primeiro seu a ser publicado. Atualmente faz publicações no blog “POESIAS DE SÃO JOÃO DA SERRA”, criado por Herlys Torres,e também no facebook. Criou no watshaap o grupo “AMANTES DA POESIA”  que reúne poetas do Piauí e Ceará.



DIA DO VAQUEIRO EM SÃO JOÃO DA SERRA-PI



DIA DO VAQUEIRO EM SÃO JOÃO DA SERRA-PI

Dia 23 de junho,
Foi evento verdadeiro,
Todos  foram a paroquia
Festejar com padroeiro
Pois hoje aqui na cidade
É o dia do vaqueiro

Cada vaqueiro daqui
Tava  bastante animado
E pra cada um de nós
Foi um dia abençoado
Tava até o padroeiro
Com chapéu ornamentado

Os missionários
Erguendo as mãos pro céus
Amontados a cavalo
Não fizeram escarcéu
Até o padroeiro
Tava usando chapéu

Os fieis   muito animados
Montados no alazão
Nesse dia de vaqueiro
Com o nosso São João
Com as vestes de vaqueiro
Chapéu perneira e gibão

O vaqueiro Evangelista
No meio da multidão
Junto com Martim Pedro
De perneira e gibão
E também Pedro Cardoso
Um vaqueiro do sertão

Esse é um grande dia
Que todo mundo aciona
E  a cada ano que passa
Melhora a maratona
E nesse ano teve ate
Os freis tocando uma sanfona

É também pra melhorar
E aumentar a alegria
Virá a nossa cidade
Uma grande maestria
O galego Aboiador
Lá no parque mãe Maria


Terminado na igreja
Os vaqueiros do sertão
Siram cantando versos
E tomando alcatrão
Para o parque mãe Maria
Com enorme animação

É uma festa animada
Aqui em são João da Serra
Todo ano com certeza
O vaqueiro o dia não erra
De Carlos essa mensagem
Com toda camaradagem
Aos vaqueiros da terra

Foi bastante animado
Esse dia de vaqueiro
Religiosa encourado
Animado por inteiro
Posando ate pra foto
Junto com o nosso bloqueio
Herllys Torres  que manda
Essa mensagem
 Pro mundo inteiro
POETA-ANTONIO CARLOS
DIAGRAMAÇÃO-FRAZÃOZIM




quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

UM CEARENSE NA TERRA DA GAROA



UM CEARENSE NA TERRA DA GAROA

EU VEJO FALAR EM SÃO PAULO
MAS EU NÃO CONHEÇO NÃO
A NÃO SER PELO RÁDIO
OU POR UMA TELEVISÃO
PELA BOCA DE UA AMIGO
QUE JÁ ENFRENTOU PERIGO
NAQUELE CERTO LUGAR


UM DIA UM ME CONTOU
QUE TEVE LÁ E NÃO GOSTOU
E LOGO RESOLVEU VOLTAR
ESSE CABRA ERA UM NORDESTINO
DO ESTADO DO CEARÁ
PENSOU QUE INDO PRA SÃO PAULO
LOGO IA ENRICAR
COMPROU UMA PASSAGEM E VIAJOU
COM POUCOS DIAS CHEGOU
NAQUELE LUGAR DISTANTE


FICOU LOGO ASSOMBRADO
POR VER O PALAVREADO
E AQUELE MONTE DE GENTE
E DISSE NA RODOVIÁRIA
ME DEU UM ARREPENDIMENTO
VI QUE NAQUELE LUGAR
SÓ PODIA TER SOFRIMENTO
NESSA CHEGOU MEU IRMÃO
ME VESTIU COM UMA JAQUETA
POIS ERA NO TEMPO DO FRIO


MEU IRMÃO SEGUIU NA FRENTE
E EU LÁ ATRÁS DESCOTENTE
JÁ ME DANDO UNS ARREPIOS
FOMOS ENTRAR NO METRÔ
E EU LÁ SEM SABER DE NADA
UM EMPURRA EMPURRA DA PESTE
NAQUELA MAIOR ZUADA
ENCOSTEI PRA MEU IRMÃO
AGARREI NO SEU CINTURÃO
COM MEDO DE PERDER

ERA O POVO ME APERTANDO
E O CORAÇÃO ACELERANDO
PENSEI MESMO ASSIM VOU MORRER
JÁ COM A NOITE CHEGANDO
NA CASA DO MEU IRMÃO
UM LUGAR VELHO ESQUISITO
NA BERA DE UM GROTÃO
ELE DISSE VÁ DORMIR
QUE AMANHÃ VAMOS SAIR
POR AI A PROCURAR
UM SERVIÇO PRA VOCÊ
TRABALHAR E SABER
COMO É BOM ESSE LUGAR
NO OUTRO DIA ELE SAIU
ACOMPANHADO DO IRMÃO
EM PROCURA DE SERVIÇO
E ELE MEIO BESTALHÃO


ERA SÓ O IRMÃO PRA
E ELE SEMPRA A ACOMPANHAR
POR DE NADA CONHECIA
ELE DISSE QUE SE ASSOMBROU
COM O MOVIMENTO QUE AVISTOU
EM SÃO PAULO NAQUELE DIA
ERA GENTE PRA TODO LADO
E OS CARROS A BUZINAR
E OS ONIBUS TUDO LOTADO
ERA UMA LUTA PRA ENTRAR


AQUELE TAL E METRÔ
VALEI­­-ME MEU SALVADOR
JÁ VI QUE TANTA AMARGURA
QUANDO O BICHO VAI PARANDO
E O POVO TODO AVANÇANDO
SÓ PARECE UMA LOUCURA
E O IRMÃO DELE NESSE DIA
CONSEGUIU LOGO ARRUMAR
UM SERVIÇO NUMA OBRA
PRA ELE TRABALHAR


NA MESMA TARDE FICHOU
E NO OUTRO DIA COMEÇOU
A ENFRENTAR O TAL ROJÃO
COM BOTA, LUVA, CAPACETE,
UMA ENXADECO, PICARETI,
UMA PÁ E UM CARRINHO DE MÃO
ELE DISSE QUE PELO SERVIÇO
DAVA PRA AGUENTAR
A DESGRAÇA ERA O CHAMEGO
PRA IR E PRA VOLTAR


PEGANDO O METRÔ LOTADO
ONIBUS VÉI TODO APERTADO
SEM PODER NEM SE MEXER
ELE DISSE ISSO É UM AZAR
VOU VOLTAR PRO CEARÁ
SE NÃO AQUI VOU MORRER
E O JEITO DE FALAR LÁ
É DIFERENTE DO SERTÃO
POIS PORTA LÁ SE CHAMA POORTA
 OU POORTÃO
DI CUMER LÁ É CUMIDA
E ELE PULTO DA VIDA
COM AQUELA CORRERIA
ESSE CABRA ME CONTOU
QUE ARREBOQUE PASSOU
EM SÃO PAULO 22 DIAS PASSOU

POETA: CÍCERO VASCONCELOS
DIGITAÇÃO: RITA SAMARA

DIAGRAMAÇÃO: FRAZÃOZIM

O ANALFABETO QUE VIROU EMPRESÁRIO




O ANALFABETO QUE VIROU EMPRESÁRIO

EU AINDA ERA MININO
QUANDO UM CABRA ME CONTOU
UMA ESTÓRIA INTERESSANTE
LÁ DO SEU INTERIOR
DE UM CABOCLO ANALFABETO
QUE SABIA FAZER CONCRETO
E TRABALHAR DE LAVRADOR

ESSE CASO FOI PASSADO
NO INTERIOR DA BAHIA
LÁ NO CENTRO DE UMA MATA
MORAVA ESSE BOIA FRIA
QUE NUNCA APRENDEU A LER
MUITO MENOS ESCREVER
MAS FELIZ VIVIA

SEU NOME ERA NICOLAU
CONHECIDO COMO NICOLA
NUNCA SOUBE O QUE É
O CAMINHO DE UMA ESCOLA
SABIA TRABALHAR
CAÇAR E AS NOITES PASSEAR
 E SEMPRE FOI BOM DE BOLA

UM DIA O ENHOR NICOLA
ESTAVA EM SUA ABTAÇÃO
QUANDO SOUBE DE UMA NOTÍCIA
E FICOU EM ANIMAÇÃO
QUE A MAIOR AUTORIDADE
O SENHOR PADRE DA CIDADE
QUERIA O SACRISTÃO


NICOLA DISSE EU VOU LÁ
E COM A MULHER COMENTOU
NO MESMO DIA PARTIU
LÁ DO SEU INTERIOR
COM SUA MAIOR VOTADE
QUANDO CHEGOU NA CIDADE
PELO PADRE PERGUNTOU

TODO MUNDO LHE INFORMOU
COM BOA SATISFAÇÃO
QUANDO ELE CHEGOU LÁ
DO PADRE APERTOU A MÃO
É VERDADE SENHOR PADRE
QUE A VOSSA SANTIDADE
PRECISA DE UM SACRISTÃO?

O PADRE DISSE É VERDADE
VAMOS SENHOR ABANCAR
POIS EU TENHO ALGUMAS COISAS
PRA VOCÊ PERGUNTAR
PRIMEIRO QUERO SABER
SE SABE LER E ESCREVER
PRA VOCÊ SE EMPREGAR

NICOLA DISSE SEI NÃO
JÁ RESPONDEU BEM BAIXINHO
POIS EU NUNCA ESTUDEI
O PAI ERA POBREZIM
O PADRE DISSE, POIS SIM SENHOR
CABRA QUE NÃO ESTUDOU
NUNCA VAI SERVIR PRA MIM

E DISSE POIS SEU NICOLA
O SENHOR ESTÁ DESPAIXANDO
ELE SAIU DA FRENTE
JÁ QUASE CONTRARIADO
MAIS ADIANTE PENSOU
MEU DEUS QUEM NUNCA ESTUDOU
SÃO ESSES OS RESULTADOS


ELE JÁ TINHA PERDIDO
OUTRAS CHANCES PARA TRÁS
PORQUE NÃO SABIA LER
PENSOU CONSIGO É DEMAIS
AGORA VOU ME MOVER
VOU COMPRAR E VENDER
TUDO QUE FOR CEREAIS

COMECOU A SUA VIDA
NO RAMO DE NEGOCIAR
COMPRA AQUI, VENDIA ALI
COMECOU A MELHORAR
POIS ELE SEMPRE ACREDITAVA
QUE DEUS LHE AJUDAVA
A SUA VIDA MELHORAR

COM POUCOS ANOS ELE ERA
O MAIOR NEGOCIADOR
COMPRAVA O QUE APARECIA
E ERA MUITO PAGADOR
TORNOU-SE ELE NA CIDADE
UMA GRANDE AUTORDADE
E O MAIS RICO QUE FICOU

POIS OS MAIORES COMÉCIOS
DA CIDADE ERA OS SEUS
NEGOCIAVA NO BRASIL
ATÉ COM OS EUROPEUS
MUITA FAZENDA DE GADO
E TERRA PRA TODO LADO
OLHA O CASO QUE SEU EU

UM DIA ELA ENTROU NUM BANCO
NO CENTRO DA CAPITAL
PRA SACAR UM DINHEIRO
E PAGAR UM PESSOAL
O GERENTE SE ADIMIROU
QUANDO LÁ SE PERGUNTOU
QUE ERA ELE AFINAL

O GERENTE MANDOU ELE
O SEU NOME ASSINAR
ELE DISSE EU COMEÇO
E O SENHOR VAI TERMINAR
POIS EU NUNCA APRENDI A LER
E NAÕ TENHO VERGOHA DE DIZER
QUE MEU NOME NÃO SEI BOTAR

O GERENTE DISSE QUE ESTORIA É ESSA?
QUE O SENHOR VEM ME DIZER
POIS UM GRANDE EMPRESÁRIO
TÃO RICO COMO VOCÊ
DIZER AO PESSOAL
E PARA MIM A FINAL
QUER NÃO SABE ESCREVER

ELE DISSE GRAÇAS A DEUS
É EU NÃO SEI DISSO NÃO
O GERENTE DISSE O SENHOR E DOIDO
OU SOFRE DE DEPRESSÃO?
ELE DISSE NÃO SENHOR
POIS SE EU SOUBESSE LER
COM CERTEZA IA SER
APENAS UM SACRISTÃO

POETA: CÍCERO VASCONCELOS
DIGITAÇÃO: RITA SAMARA
DIAGRAMAÇÃO: FRAZÃOZiM



PARABÉNS SÃO JOÃO DA SERRA,PELOS SEUS 54 ANOS








                                PARABÉNS SÃO JOÃO DA SERRA-PI PELOS SEUS 54 ANOS

Parabéns São João da Serra
Minha terra especial
De grande potencial
Encravada nessa terra
No Piauí ,ninguém erra
E nem comete engano
Por isso cá nos meus planos
Digo de forma concreta
Essa terra hoje completa
Seus 54 anos

“Meio” século de historia
Muita luta e bravura
Terra de mulheres puras
Homens de força notória
Que guardo bem na memoria
Belos sonhos belos planos
Já teve alguns desenganos
Porem seguimos em frente
São João da Serra hoje sente
Seus 54 anos

19 de dezembro
Do  ano sessenta e três
São João Tem voz e vez
Nesse poema relembro
Do cordel eu sou um membro
E rimo pros fulanos
E hoje tive nos planos
Rimar pra minha terrinha
Que hoje enfia na linha
Seus 54 anos

Finalizo esse cordel
Oferecido a São João
Terra do meu coração
Pela qual eu sou fiel
O meu xodó, meu mel
Serrajoenses  meus manos
Que façamos belos planos
Para seguirmos na luta
Pois hoje São João desfruta
Seus 54 anos

POETA-ANTONIO CARLOS ALMEIDA

DIAGRAMAÇÃO-FRAZÃOZIM 

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A MULHER MANDA NO HOMEM

                                            




                                                             A MULHER MANDA NO HOMEM

                                                              A mulher manda no homem
                                                                  Já dizia um professor
                                                               Que por causa das mulheres
                                                                 Muito fato já se registrou
                                                                 Alguns foram de bravura
                                                                 Outros somente de amor.

                                                                  Lá no começo de tudo
                                                                   Milhões de anos “passado”
                                                                  Adão o primeiro ser
                                                                   Por nosso Deus foi criado
                                                                   Sentiu atração por Eva
                                                                    E cometeu o pecado.

                                                                   Deus criou Adão e Eva
                                                                   De uma forma diferente
                                                                   Os dois caíram na cantada
                                                                   De uma maligna serpente
                                                                    Apreciaram a maçã
                                                                  E começaram a fazer gente.

                                                                  A serpente foi a culpada
                                                                   Pois a maçã lhes mostrou
                                                                      Adão e Eva se atraíram
                                                                      E o pecado começou
                                                                      E Deus por sua vez
                                                                      A serpente amaldiçoou.

                                                                    A mulher manda nos homens
                                                                      Pode ir “acreditano”
                                                                      Outro fato que revela
                                                                       Foi entre grego e troiano
                                                                      Uma guerra que durou
                                                                     Um período de dez “ano”.

                                                                     Entre gregos e troianos
                                                                    Houve essa grande guerra
                                                                     E foi por causa de Helena
                                                                     Se a minha não erra
                                                                     O mais sangrento conflito
                                                                     Que houve em cima da terra.

                                                                     Por isso aqui eu digo
                                                                     A mulher é quem domina
                                                                        Até mesmo Lampião
                                                                       Rei da selva nordestina
                                                                     Enfeitiçou-se com o olhar
                                                                      De uma linda menina.


                                                                   Por isso é que eu falo
                                                                   Até mesmo Lampião
                                                                    Bandoleiro nordestino
                                                                     Que vagou pelo sertão
                                                                      Foi a Maria Bonita
                                                                      Que roubou seu coração.

                                                                   Esses meus breves relatos
                                                                   Entres muitos outros então
                                                                 Mostram que a mulher manda
                                                                  Os homens querendo ou não
                                                                  E quanto mais bonita for
                                                                  Maior será a paixão.

                                                                Tem uns que estudam muito
                                                                 Até fazer faculdade
                                                                 Em busca de uma boa vida
                                                                  No campo ou na cidade
                                                                  E de alcançar uma mulher
                                                                    Para ter felicidade.

                                                                   Outros pegam no pesado
                                                                   Derramando muito suor
                                                                   Em canto de caminhão
                                                                   Pegando no olho pó
                                                                    Quer arrumar uma mulher
                                                                    Pra vida ficar melhor.

                                                                E por causa das mulheres
                                                                O cabra passa o dia inteiro
                                                                 Trabalhando se esforçando
                                                                  Nesse solo brasileiro
                                                                  A procura de ganhar
                                                                    Sem algum dinheiro.

                                                                 O cabra nesse sol quente
                                                                   Correndo suor na testa
                                                                   Para ganhar um trocado
                                                                   E a noite ir uma festa
                                                                   A procura de conquistar
                                                                    Uma garota na certa.

                                                                     É por isso que eu digo
                                                                    Mulher é quem predomina
                                                                     O cara fica amarradaço
                                                                    No olhar de uma menina
                                                                    Se apaixona e mergulha
                                                                   Em cachaça e cajuína.

                                                                     As mulheres demonstraram
                                                                     Sempre alegria e amor
                                                                     Tem o brilho das estrelas
                                                                      E o perfume da flor
                                                                      E afinal a mulher é
                                                                      Coisa boa que Deus criou.

                                                                      Por isso a você rapaz
                                                                      Que as vezes faz cracinha
                                                                      Não respeita as mulheres
                                                                      Chamando até de galinha
                                                                      Mas se não fosse as mulheres
                                                                        De onde é que o homem vinha?

                                                                  AUTOR: Bartolomeu Mendes da Silva
                                                   Residente na localidade Floresta, município de São João da Serra-                                                                                     Piauí
                                                                          12 de dezembro de 2017