sábado, 17 de fevereiro de 2018

CHEGA AO RIO DE JANEIRO A INTERVENÇÃO MILITAR






CHEGA AO RIO DE JANEIRO A INTERVENÇÃO MIÇITAR

Sei que a cidade do Rio
Tá mesmo fora da linha
já virou uma modinha
e também um desatino
o bandido a sangue frio
matando para roubar
e isso tem que parar
e viu hoje o brasileiro
chegar ao Rio de Janeiro
a intervenção militar

diversos policiais
morreram naquele estado
é o quadro não e mudado
continua morrer mais
por dentro dos matagais
quando estão a trabalhar
e um basta tem que dar
a esse fato traiçoeiro
chegou  ao Rio de J aneiro
A intervenção militar

O Rio hoje é o retrato
Do Brasil do futuro
É um fato muito duro
Contra um povo pacato
É fruto do desacato
Dessa politica vulgar
É isso só vai mudar
Se  a lei mudar primeiro
Chegou ao Rio de Janeiro
A intervenção militar

POETAS- ANTONIO CARLOS
JOÃO DIAS


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

SALVE O NOSSO PIAUI




SALVE O NOSSO PIAUÍ
AUTOR: BARTOLOMEU MENDES DA SILVA

Me orgulho do Piauí
Onde há boa cultura
Turismo e pecuária
E grande agricultura
Possui belos santuários
Locais extraordinários
E bastantes visitados
Por gente de todas idades
Que vem de outras cidades
E também de outros estados.

É no nosso Piauí
Que o sol é mais brilhante
Possui um belo luar
E um clima agradante
Tem um adorável calor
Que traz paz e muito amor
Pra todo este povão
Que mora no nosso estado
E  amam o “piauizão”.

É o nosso Piauí
Lugar de carne de sol
Temos boa culinária
E bastante futebol
Diversos pontos turistas
Que encanta os artistas
Com sua beleza estrema
Por tanto me sinto honrado
Nasci aqui nesse estado
Sou piauiense da gema.

Nosso Piauí é repleto
De belezas naturais
De rios e cachoeiras
Coqueiros e carnaubais
O nosso chão é sadio
Perfeito para o plantio
Dar o milho e dar a massa
Para fazer o cuscuz
Aqui tudo se produz
Até uma boa cachaça.


                                                                 Tem o parque nacional
Da serra da capivara
Que é algo encantador
E possui beleza rara
Por onde passou uns mestres
Fazendo pinturas rupestres
E deixando suas escritas
Tornando este local
Um patrimônio cultural
Para receber visitas.

A grande Pedro II
É Suíça do Piauí
Onde o clima é suave
E adorável pra se servir
Lá tem mina de opala
Pedra que brilha e estala
De um preço avantajado
E o festival de inverno
Na cidade, é moderno
E traz gente de todo lado.

Vários rios naturais
Banham nosso Piauí
Entre eles o Parnaíba
O Gurgueia e o Poty
O São Nicolau então
Corre inverno e verão
Alto e baixo na maré
E pra lista completar
Existe o rio Longá
Sambito e o Canidé.

A capital Teresina
É a rainha do calor
É uma cidade bonita
De povo trabalhador
Tem bom desenvolvimento
E passa por um momento
De alegria e sossego
De cidade pequenina
Vai gente pra Teresina
A procura de emprego.


Assim diz o nosso hino
“Piauí terra querida”
É um estado pequeno
De gente boa e unida
Tem dança que nos agita
Bastante mulher bonita
Como brilho de rubi
Vejo alegria crescendo
E continuo dizendo
É feliz quem vive aqui.

Esta é minha homenagem
De todo meu coração
Para o nosso Piauí
Onde reina o calorão.
Sempre no dia dezenove
De outubro se comove
Essa festa grandiosa
Que reúne nossa massa
E a cada ano que passa
Vai se tornando famosa.

BARTOLOMEU MENDES DA SILVA
LOCALIDADE FLORESTA, SÃO JOÃO DA SERRA-PIAUÍ
16.02.18





A FESTA CARNAVALESCA





A FESTA CARNAVALESCA
Autor: Antonio Carlos de Almeida

Antes de entrar a quaresma
Um período especial
Tem a festa popular
Chamada de carnaval
Nesse período as pessoas
Moças novas, e coroas
Aproveitam o momento
Vestidas ou menos nuas
Vão comemorar nas ruas
Com grande divertimento.

Nesse momento as pessoas
Entregam-se a devassa
A mulher agarra o homem
Logo a mão na bunda passa
O cabra sendo acanhado
Ganha todo rebolado
E faz toda sacanagem
No meio da diversão
Ele remexe o bundão
E entra na fuleragem.

Rio de Janeiro e São Paulo
Os grandes desfiles têm
Os sambistas desfilando
De toda maneira vem
É sacanagem medonha
O povo perde a vergonha
E não está nem aí
Está nu não é defeito
Tem gente de todo jeito
Dentro da Sapucaí.

Mas não é só no sambódromo
Que se ver coisas banais
Pois é no meio das ruas
Que a gente observa mais
O povo fantasiado
Estando muito animado
Não escolhe o que quer
Os caras tudo consomem
As mulheres viram homem
E os homens viram mulher.


Por isso tenha cuidado
Pra não pegar um mamão
Pois pode não perceber
No meio da confusão
Se acaso se confundir
Somente irá descobrir
Que está com um barbudo
Quando a mão escorregar
E pra surpresa encontrar
Na perereca um canudo.

É melhor ser mais atento
Para assim não se enganar
Também possuir cuidado
Se acaso se embriagar
Tenha sempre consciência
Não pratique violência
E nunca tire a calcinha
Ainda faço um anexo
Se acaso for fazer sexo
Use sempre camisinha.

CORDELISTA ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA
FLORETA, SÃO JOÃO DA SERRA-PIAUÍ
16.02.18


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

O NOSSO SERTÃO QUERIDO






O NOSSO SERTÃO QUERIDO

Quem nasce aqui no sertão
Tem muita coisa pra contar
Ano de muita fartura
Mas tem ano que não dá
Mesmo assim o sertanejo
Vai vivendo no manejo
Lutando pra escapar.

Trabalhando duro na roça
Puxando foice e machado
E cuidando do seu gado
Ovelha, bode e leitão
Mexendo com a criação
E assim o rebolado
Levantando as madrugadas

Vida dura do sertão
Fazendo todo esforço
Por sua alimentação
Trabalhando noite e dia
O sertanejo confia
Que e forte
Como um leão

Quem nasce aqui no sertão
Tem alegria em viver
Com o forte calor do sol
Mas sempre tendo certeza
Que tem Deus pra lhe ajudar
Mas continua a trabalhar
Com toda delicadeza.

Poia a nossa região
Sempre foi abençoada
Não tem só trabalho
Tem festa muito animada
Por todo nosso nordeste
De norte a sul leste e oeste
Tem brincadeira organizada

Como festa de reisado
Arrasta pé e são João
Samba, forró pé de serra
É a maior tradição
Dança homem e mulher
Nosso nordeste e que é
A cara da animação


O Nordeste sempre foi
O lugar da alegria
Cabra puxa na sanfona
Outro faz a poesia
Um toca de violão
E quq aqui no nosso sertão
Nasce artista todo dia

Venha conhecer de perto
A folia do nordeste
Pra vê as mulher bonitas
E os duros cabras da peste
As festas e tradição
Que anima o povão
Do sertão até o agreste

Esse é o nosso sertão
Bom da gente se morrar
Distanciado de estresse
Que tem em outros luga
Aqui ninguém manda agente
Todo mundo é descente
Lutando pra escapar.

POETA-CICERO VASCONCELOS


A HISTÓRIA DE DEUSDETE MENDES FRAZÃO


                                 


                                        A HISTÓRIA DE DEUSDETE MENDES FRAZÃO
                                           Autor: Cícero de vasconcelos silva

Nesse mundo de meu Deus
Tem muita gente lutador
E eu vou contar a história
Desse homem de valor
O vaqueiro Deusdete Mendes
Da fazenda Rodeador.

Filho de José Mendes
E Angélica Mendes também
A história desse homem
Vai muito e muito além
Querido por todo povo
Por ser um homem de bem.

Em 1933
Deusdete Mendes nasceu
Na fazenda Rodeador
E nesse lugar cresceu
Com seu pai e sua mãe
E todos os irmãos “seu”.

Ele é o quinto filho
Esse homem de ação
Tem Otávio e Edmundo
E o Vidoca Frazão
Romana e Manoel Mendes
São esses os seus “irmão”.

No município de Água Branca
Foi onde ele estudou
No local Lagoa do Barro
E teve como professor
O mestre João Batista
Homem de grande valor.

E assim Deusdete Mendes
Também pôde estudar
Aprendeu ler e escrever
E toda conta tirar
Mas não saia da lembrança
A vontade de campear.


Naquele tempo Rodeador
Por Valença era governado
Pois Prata do Piauí
Ainda era povoado
Depois que o município
Pôde ser emancipado.

Assim no Rodeador
Esse menino cresceu
Firme, forte e sorridente
Com o gado se envolveu
Campeando todo dia
Pois era o gosto seu.

Foi motorista de carro
E vaqueiro afamado
Na fazenda do seu pai
Campeava atrás de gado
Foi um dos grandes vaqueiros
Da história do boi Lavrado.

Em 1970
Deusdete Mendes casou
Com Maria da Cruz Feitosa
Que por Frazão se assinou
Em Prata do Piauí
E ficou no Rodeador.

Da fazenda São Pedro
Deusdete foi o herdeiro
Zé Lopes e Berto Lopes
E Oséias foi seus “vaqueiro”
E todos eles afirmam
Que era bom companheiro.

Disseram que no São Pedro
Nunca se deram mal
Foram vaqueiros de gado
Criação e animal
E afirmam que Deusdete
Era um patrão legal.



E além de bom patrão
Gostava de “campiar”
Possuía bons cavalos
Que espantavam pra pegar
Um homem bem corajoso
Na arte de “escarrerar”.

Campeava em bons cavalos
Que possuíam “ligeireza”
O Suspiro o Jaçanã
Galcinha e Correnteza
Bem feito e Sonho Azul
Só cavalo de firmeza.

Pé de Pato e Gavião
Aza Branca e Maracujá
Dois de Ouro e Passo Roxo
Que corria pra danar
E o seu burro Garoto
Que não sabia se “acuar”.

Deusdete foi bom vaqueiro
Lutador e não cruel
Um vaqueiro como ele
Merece ganhar troféu
Campeou com Adail Moura
E Adonias Coronel.

Campeou mais o Arage
Outro homem de ação
Pedro Cardoso e Berto Lopes
Também com disposição
E o Chaga Celedome
E Vidoca seu irmão.

Mais o Cristino Pereira
Ele muito campeou
E todos esses vaqueiros
Que na história ficou
Do famoso boi Lavrado
Que muito tempo andou.

  
Feliciano e João Moura
Com ele sempre andava
E o Raimundo do Jorge
Outro que campeava
Juntamente com Deusdete
Muito gado “escarrerava”.

O senhor Pedro Eugênio
E o Pedro Doroteu
Campearam mais Deusdete
E ninguém nunca esqueceu
Das lutas que ele fazia
Mais os grandes amigos “seu”.

E todo ano Deusdete
Levava o gado pra pastar
Nas boas terras do Marvão
Ficar o inverno lá
Juntamente com os amigos
Começavam a aboiar.

Saiam do Rodeador
Em janeiro aboiando
Passavam nas Carnaíbas
E o rio Sambito nadando
Um homem passava as coisas
Numa canoa remando.

O senhor Manoel Luíza
Era o grande canoeiro
Atravessava as coisas
Animais por derradeiro
Seguiam em direção
Ao Olho d ´água do Taboleiro.

Passavam em Risco da Vida
E na Serra da Vigia
No Olho d ´água do Taboleiro
“Descansava e comia
Um bom frito e depois
Essa viagem seguia.”


No Olho d´água Redondo
Passavam tocando o gado
São Félix e Belo Horizonte
E também no Escavado
Chegavam no Boqueirão
Aquele lugar amado.

Essa viagem todo ano
Deusdete Mendes fazia
Em janeiro levava o gado
E em junho ele trazia
Junto com os companheiros
Era a maior alegria.

Os homens que Deusdete
Viajava para o Marvão
Era o Pedro Cardoso
E o Odílio Frazão
Também Chagas Celedome
Armando e ”Miguelzão”.

Berto Lopes e Oséias
E o Zé Lopes também
Feliciano e Pelé
Talvez tenha mais alguém
Certo é que essa viagem
Nunca esqueceu ninguém.

Duro como Deusdete
Outro igual não tem não
Pois corria atrás de boi
E derrubava no chão
E se fosse valente
Ele pegava de mão.

Bom de campo até demais
Todo mundo admirava
Pois achava muito rápido
O gado que procurava
E se não quisesse vim
Corria atrás e pegava.


Os sobrinhos de Deusdete
Lhe tem admiração
O Odílio o José Dimas
E Edmilson Frazão
Como os demais sobrinhos
Tem a maior atenção.

Porque esses seus sobrinhos
Ele ajudou a criar
Os filhos da irmã Romana
Ensinou a respeitar
Por isso é que todos eles
Adoram lhe visitar.

Criou também o Pelé
E tudo de bom ensinou
Pelé é muito feliz
Pelo tempo que passou
Pois aprendeu com Deusdete
Na fazenda Rodeador.

Criou também o Odílio
Que é outro sobrinho seu
E diz que é muito grato
Com tudo que aprendeu
Parodiava cantando:
“Dedete é meu é meu.”

Os sobrinhos de Deusdete
Todo ano passavam
As férias em sua casa
Pois eles todos adoravam
Estando com tio Dedete
Os sobrinhos se alegravam.

Lembram que tio Dedete
Gostava de escutar
A rádio Pioneira
Acabando de almoçar
Programa do Roque Moreira
Numa rede a balançar.


Um tio muito querido
Amigo e brincalhão
Todos os sobrinhos amam
Deusdete de coração
Um homem de muitos amigos
Por toda a região.

Pois a casa de Deusdete
Toda vida foi parada
De pessoas que vinham
Viajando pela estrada
Chegando a Rodeador
Comia leite e coalhada.

Rodeador sempre foi
Um lugar muito animado
A maior animação
E gente pra todo lado
Muito campo e vacina
E também ferra de gado.

Nas ferras e nas vacinas
Era a maior alegria
Com churrasco e cachaça
Todo muito divertia
Vaqueiro na casa dele
Tinha sempre todo dia.

Em toda festa de vaqueiro
Deusdete estava lá
Em Baixa Grande e São Félix
Ele ia apreciar
Em Santa Cruz dos Milagres
Prata e Alto Longá.

Também em Beneditinos
Essa festa ele ia
Pois se falasse em vaqueiro
Deusdete tinha alegria
Pois gosta demais de gado
E adora essa folia.


Além de festa de gado
Deusdete também gostava
De ir para os festejos
Dos santos que ele adorava
Em Santa Cruz dos Milagres
Todo ano ele estava.

Nos festejos de Prata
Saia do Rodeador
Pra visitar Conceição
E a igreja onde casou
Foi padrinho muitas vezes
E seus filhos batizou.

Gostava muito também
Das festas de reisados
Chegando em sua casa
Seus filhos eram acordados
Pra receber santos reis
E serem abençoados.

Ritos da semana santa
Seu Deusdete respeitava
E junto com sua esposa
Todos filhos ensinava
A rezar o terço juntos
E também se ajoelhava.

Seu Deusdete sempre foi
Um homem de muita fé
Quando fala nesse homem
O povo sabe quem é
Fez grandes financiamentos
Através da EMATER.

Feitosa da EMATER
Fala com firmamento
Que Deusdete Mendes foi
Um produtor de talento
Na Prata foi o primeiro
A contratar financiamento.


O amigo Deusdete Mendes
Foi um grande produtor
De Prata do Piauí
Até medalha ganhou
Conhecido até demais
Na fazenda Rodeador.

Todos os seus amigos
Têm grande recordação
Pois Deusdete é um homem
Que tem um bom coração
 E Paulo do Curral Novo
 tem grande admiração.

Paulo disse que lembra
Do tempo que viajava
Vindo do Pernambuco
No Rodeador passava
E era bem recebido
Na hora que ele chegava.

Outro que recorda bem
É seu Calmo Maricô
Foi vaqueiro e boiadeiro
E muito gado comprou
E a metade saiu
Da fazenda Rodeador.

E o Pregentino Lopes
Disse que lembra demais
Juntamente com Deusdete
Pegou muito boi sagaz
Ele junto com o amigo
Nunca ficaram pra traz.

O Adonias Coronel
Disse que sente saudade
Das carreiras que ele dava
Ainda na flor da idade
Juntamente com Deusdete
Esse homem de verdade.


Os amigos não esquecem
Deusdete Mendes Frazão
E toda sua família
Tem ele no coração
Sobrinhos, esposa e filhos
Afilhados e “irmão”.

Quando os filhos eram pequenos
Era ajudava a cuidar
Dar comida e dar banho
E até a balançar
Carinhoso com a família
Nunca foi de reclamar.

É pai de cinco filhos
Que lhe amam todo dia
Renê, Renato e Júnior
Erlane e Angélica Maria
E sua esposa Cruizinha
Tem-lhe grande simpatia.

Todos filhos batizados
Em Prata do Piauí
E já tão todos casados
E as esposas eu falo aqui
O Renê casou com a Márcia
Renato com Ozenir.

O Júnior com a Ivone
Erlane com Zé Francisco
Um homem advogado
Tudo com ele é no risco
Trabalhador e honesto
E gosta do seu serviço.

A Angélica Maria
É casada com Michel
Outro homem popular
Pra ele eu tiro o chapéu
Amigo de todo mundo
Parece que veio do céu.


E os netos de Deusdete
Nesse cordel vou dizer
O Murilo e a Ízis
São os filhos de Renê
O Murilo gosta de gado
É vaqueiro pra valer.

E tem a Maria Fernanda
Que é filha de Renatão
Lara e Luiz Fernando
Filhos de Júnior Frazão
Da fazenda Rodeador
É ele o vaqueirão.

E os filhos de Erlane
Eu vou lhe falar quem “é”
Chama-se Ênio Miguel
E também Ciro José
O Ciro gosta de gado
E é um vaqueiro de fé.

Sophia e Maria Clara
Filhas de Angélica Maria
Essa é a filha caçula
Tá sempre com alegria
Educada e professora
Sorridente todo dia.

Renê, Renato e Júnior
Gostam muito de lutar
Pois herdaram do seu pai
O gosto de campear
Sempre estão no meio do gado
E adoram aboiar.

Os netos dele também
Luiz Fernando e Ciro
E também gosta de campo
O nosso amigo Murilo
Esses três netos trouxeram
Do seu avô o estilo.


Esse estilo que Deusdete
Sempre adorava fazer
Cuidar bem do seu rebanho
Vendo a sua casa encher
De vaqueiros e bons amigos
Pra com o gado mexer.

Otávio Mendes Frazão
Disse que possui saudade
Da fazenda Rodeador
Da infância e amizade
Que sempre tem com o irmão
O Deusdete de verdade.

A sobrinha Pádua Frazão
Fala de tudo ali
“Dos banhos de lageirinhos
Do queijo e do buriti
Desse tio brincalhão
Que sempre lhe fez sorrir.”

“lembro com muita saudade
Da nossa infância animada
Rodeador nossa casa
Do queijo e da coalhada
Do bule grande também
Do beiju de farinhada.

E continua dizendo
“Dedete do coração
Sobrinhos apreciavam
A chegada do tiozão
De um dia de labuta
Guardando o seu gibão.”

Bondade e paciência
Ele sempre carregou
Simplicidade e respeito
Foi o que nunca faltou
Humildade e coragem
Foi marcas que registrou.

   
Um homem que foi criado
No meio da vaquejada
Do queijo, do buriti
Do leite e da coalhada
Vendo os carros de boi
Andando pela estrada.

“os anos já se passaram
E hoje tudo mudou
Com mais de oitenta anos
E a canceira chegou
Mas espera seus amigos
Na fazenda Rodeador”.

Filhos, noras, genros e netos
Sempre estão por ali
Sobrinhos e seus amigos
Nunca se cansam de ir
“Ele fica um pouco triste
Ao ver o último partir.”

Deusdete Mendes Frazão
Homem do Rodeador
Essa fazenda bonita
Que esse homem herdou
Com sua esposa Cruizinha
Mulher de grande valor.

A sua esposa Cruizinha
Estar sempre do seu lado
E Deusdete Mendes é
Um cidadão bem cuidado
Sua esposa e seus filhos
São todos muito “educado”.

A família continua
No costume de criar
Pois os filhos gostam disso
E adoram labutar
Sempre no Rodeador
Tem gado para cuidar.


Bode, ovelha e galinha
E porco também se cria
Eles têm grande cuidado
Cuidam sempre todo dia
E o seu Deusdete Mendes
De tudo isso aprecia.

Contei a história de
Deusdete Mendes Frazão
E vou parar por aqui
Deixando a explicação:
Bom vaqueiro e fazendeiro
Homem duro e companheiro
E amigo do povão.

FIM, FAZENDA RODEADOR-PRATA DO PIAUÍ
AUTOR:CÍCERO DE VASCONCELOS SILVA

BIOGRAFIA: Cícero de Vasconcelos Silva é  filho de Antônio Martins da Silva e Antonia Alves da Silva. Poeta cordelista e declamador, reside na localidade Experiência, município de São João da Serra Piauí.escreve cordéis desde os catorze anos, tendo inspiração nos cordéis que seu pai comprava e os decorava para declamar para os amigos. Versa variados temas: políticos, humorístico e principalmente casos da sua região.nasceu em 1989 na localidade Experiência onde vive até hoje com sua mãe, seu pai já é falecido.