quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O PAÍS DA HONESTIDADE




O PAÍS DA HONESTIDADE
AUTOR:ANTONIO CARLOSDE ALMEIDA

Se sonho é uma ilusão
Isso eu não sei dizer
Sei apenas que existe
E pode acontecer
De sonharmos acordados
E a gente nem perceber.

O sonho também nos leva
Em certa situação
À lugares bons e belos
De paz e de mansidão
Porém quando acordamos
Tudo é contradição.

Certa vez eu me recordo
Ser levado a um lugar
Onde tudo era tão bom
Que eu quis até ficar lá
Foi o lugar mais tranquilo
Que eu já pude encontrar.

Era um país onde havia
Político honesto e cordeiro
Que ganhava o salário
Que ganha hoje um pedreiro
Diferente do que vemos
Nesse solo brasileiro.

Nesse país, deputado
Era um simples lavrador
Jardineiro era suplente
Carpinteiro senador
E o posto de presidente
Ocupava um professor.

No palácio do governo
Reinava a simplicidade
O parlamento uma sala
Que pra nossa realidade
Nenhum brasileiro pensa
Que tô falando a verdade.

As rádios e as tvs
Somente de Deus falavam
Católicos e protestantes
Por ali não se atacavam
E ao contrario juntinhos
O santo Deus adoravam.
Lá havia carnaval
Porém sem ter confusão
E o povo passava o ano
Fazendo muita oração
E nos momentos difíceis
Ajudando a um irmão.

Não tinha pedofilia
Muito menos preconceito
O racismo era doença
Porém existia um jeito:
Uma dose de amor
Guardado dentro do peito.

Na boca de todo mundo
Somente a verdade andava
O povo era muito honesto
E a mentira não reinava
Estupros, roubos e mortes
Por ali nem se falava.

Homem e mulher trabalhavam
Cinquenta anos somente
E então se aposentavam
Porque lá o presidente
Olhava para o seu povo
Com o coração de gente.

Ali não tinha polícia
Nem menos delegacia
Presídios superlotados
Por certo não existia
Era uma sociedade
Dotada e muito sadia.

Cheguei lá era segunda
E encontrei um velhinho
No banco de uma praça
Lendo o seu jornalzinho
E quando me viu chegando
Me recebeu com carinho.

Me perguntou, donde vens?
Eu disse: lá do Brasil
Ele mudou o semblante
Ficou bastante sombrio
E disse aquele país
É um lugar sem perfil.



Ele me disse sabemos
Do jeito que a coisa vem
Queremos que a doença
Não chegue aqui também
Pois sabemos que o Brasil
Não vai nem um pouco bem.

Eu fiquei admirado
Com sua preocupação
Ainda deu-me um recado
No dia da eleição
Meu filho não vá votar
Em político espertalhão.

Eu guardei bem na memória
O que ele foi me falando
Das coisas que me contava
Eu ia me admirando
E então fui percebendo
Que eu estava sonhando.

Para mudar esse quadro
Resta a cada um de nós
Expulsar lá do congresso
Um monte de faraós
Que são como gaviões
Atrás de pobres mocós.

No Brasil da impunidade
O povo toma arruda
Em escolas precatórias
O filho do pobre estuda
Vamos o quadro mudar
Não custa nada sonhar
Pois sonhando é que se muda.

FIM;SÃO JOÃO DA SERRA-PIAUÍ
ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA
14.02.2018



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