O PAÍS DA HONESTIDADE
AUTOR:ANTONIO
CARLOSDE ALMEIDA
Se sonho é uma
ilusão
Isso eu não sei
dizer
Sei apenas que
existe
E pode acontecer
De sonharmos
acordados
E a gente nem
perceber.
O sonho também nos
leva
Em certa situação
À lugares bons e
belos
De paz e de
mansidão
Porém quando
acordamos
Tudo é
contradição.
Certa vez eu me
recordo
Ser levado a um
lugar
Onde tudo era tão
bom
Que eu quis até
ficar lá
Foi o lugar mais
tranquilo
Que eu já pude
encontrar.
Era um país onde
havia
Político honesto e
cordeiro
Que ganhava o
salário
Que ganha hoje um
pedreiro
Diferente do que
vemos
Nesse solo
brasileiro.
Nesse país,
deputado
Era um simples
lavrador
Jardineiro era
suplente
Carpinteiro
senador
E o posto de
presidente
Ocupava um
professor.
No palácio do governo
Reinava a
simplicidade
O parlamento uma
sala
Que pra nossa
realidade
Nenhum brasileiro
pensa
Que tô falando a
verdade.
As rádios e as tvs
Somente de Deus
falavam
Católicos e
protestantes
Por ali não se
atacavam
E ao contrario
juntinhos
O santo Deus
adoravam.
Lá havia carnaval
Porém sem ter
confusão
E o povo passava o
ano
Fazendo muita
oração
E nos momentos
difíceis
Ajudando a um
irmão.
Não tinha
pedofilia
Muito menos
preconceito
O racismo era
doença
Porém existia um
jeito:
Uma dose de amor
Guardado dentro do
peito.
Na boca de todo
mundo
Somente a verdade
andava
O povo era muito
honesto
E a mentira não
reinava
Estupros, roubos e
mortes
Por ali nem se
falava.
Homem e mulher
trabalhavam
Cinquenta anos
somente
E então se
aposentavam
Porque lá o
presidente
Olhava para o seu
povo
Com o coração de
gente.
Ali não tinha
polícia
Nem menos
delegacia
Presídios
superlotados
Por certo não
existia
Era uma sociedade
Dotada e muito
sadia.
Cheguei lá era
segunda
E encontrei um
velhinho
No banco de uma praça
Lendo o seu
jornalzinho
E quando me viu
chegando
Me recebeu com
carinho.
Me perguntou,
donde vens?
Eu disse: lá do
Brasil
Ele mudou o
semblante
Ficou bastante
sombrio
E disse aquele
país
É um lugar sem
perfil.
Ele me disse
sabemos
Do jeito que a
coisa vem
Queremos que a
doença
Não chegue aqui
também
Pois sabemos que o
Brasil
Não vai nem um
pouco bem.
Eu fiquei admirado
Com sua
preocupação
Ainda deu-me um
recado
No dia da eleição
Meu filho não vá
votar
Em político
espertalhão.
Eu guardei bem na memória
O que ele foi me
falando
Das coisas que me
contava
Eu ia me admirando
E então fui
percebendo
Que eu estava
sonhando.
Para mudar esse
quadro
Resta a cada um de
nós
Expulsar lá do
congresso
Um monte de faraós
Que são como
gaviões
Atrás de pobres
mocós.
No Brasil da
impunidade
O povo toma arruda
Em escolas
precatórias
O filho do pobre
estuda
Vamos o quadro
mudar
Não custa nada
sonhar
Pois sonhando é
que se muda.
FIM;SÃO JOÃO DA
SERRA-PIAUÍ
ANTONIO CARLOS DE
ALMEIDA
14.02.2018

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