FIQUE LÁ,
QUE EU FICO CÁ
Irmão
que mora na rua
Com
teu pessoal seu
Fique
na cidade sua
Que
eu fico no sertão que é meu
Sei
que aí você não tem tudo
Para
o seu escudo
Sei
que é grande o penar
Mas
por favor não venha aqui
Que
eu também não vou aí
Fique
lá, que eu fico cá.
Por
favor não tenha queixa
É
veja que eu tenho razão
É
lhe dizer que não venha
Passear
no meu sertão
Pois
sei que sabe o colega
Que
o Coronavirus pega
Se
a gente se aglomerar
Para
ninguém transmitir
Precisamos
prevenir
Fique
lá, que eu fico cá.
Do
jeito que a coisa tá
Todo
mundo é um suspeito
Pois
nunca vi coisa seria
Como
eu vejo deste jeito
Um
vírus silencioso
Bastante
contagioso
É
bem facim de matar
Nossa
arma e a prevenção
Por
isso meu irmão
Fique
lá, que eu fico cá.
Durante
a semana santa
Muita
gente quer sair
Procura
os interiores
Pensando
em se divertir
Não
é o momento adequado
É
melhor ficar trancado
Sair
só se precisar
No
contrário meu irmão
É
só jejum e oração
Você
de lá, e eu de cá.
Se
me ver pela cidade
É
uma seria precisão
Nem
mesmo por brincadeira
Vou
sair do meu sertão
Pois
eu sei a gravidade
Por
que eu vejo a mortandade
Que
a corona vem causar
Não
quero ser transmissor
Muito
menos receptor
Fique
lá, que eu fico cá.
Com
a proteção de Deus
Venceremos
a pandemia
E
vamos poder nos vê
A
manhã ou outro dia
E
poderá vim aqui
Eu
também
irei ai
Para
gente palestrar
Enquanto
a cura não vem
Outra
maneira não tem
Fique
lá, que fico cá.
POETA-
ANTONIO CARLOS ALMEIDA
DATA
-10 de abril 2020