EU NÃO SOU VIOLEIRO,
MAS SAUDO OS CACHACEIRO.
O bebedor viciado
Gosta de fazer uma
graça
Quando vai pra
algum lugar
Enche a cara de cachaça
De um modo rotineiro
Gasta todo o seu
dinheiro
Está sempre no abandono
De tanto tomar
pifão
Deita-se logo no
chão
Do bar e pega no sono.
Se o viciado tá
duro
Anda meio desconfiado
Aparecendo quem lhe
banque
Ele fica animado
Começa a fazer
zoada
De língua toda
enrolada
Fazendo feio
pagando migo
Pode tá liso
macaco
Dizendo que é
muito rico.
O pé inchado na
festa
Com seu jeito
cretino
Cai no chão não
sente nada
Seu corpo não é
mufino
Cedo da noite
adormece
Não vê quando amanhece
Nem aproveita a
noitada
Bebedor é desse
jeito
Termina o efeito
Ele não lembra de
nada.
O povo grita o “bebo”
Pé inchado sai do meio
Ele cai e se
levanta
Na festa fazendo
feio
Não olha o que tá
passando
Para nada esta
ligando
Por quê “bebo” e sem noção
Com esse costume
rude
Levanta sujo de
grude
Por ter dormido no
chão.
Se ele vai ao
cabaré
É interessante pra
ver
Fica ao lado das
quengas
Mas somente pra
beber
Aparece uma sacana
Faz ele gastara
grana
Com trairagem
profunda
Diante de uma
safada
O bêbado não serve
pra nada
leva é dedada na
bunda.
“bebo” sendo
baderneiro
Com atitude
malicia
O dono do bar
reage
Ligando pra
policia
A PM de supetão
Joga ele no
camburão
Chutando metendo a
peia
Chama o troço de
imundo
Dizendo vamos
vagabundo.
Dormir um bom sono
na cadeia.
Tem tipo de pigunço
Que as vezes quer
brigar
Estando com a cara
cheia
Começa logo
atentar
Perturbando o
barzeiro
Com um maldito
chamego
Outros deitam no
capim
Sujeito a muruim
E mordida de
morcego.
Cachaceiro tem
sorte
Se sua mulher é
valente
Quando ele se embriaga
Dela ganha um
presente
Só volta na
madrugada
E ela bastante
zangada
Com a mente arrasadora
Pra mesma pouco
importa
Espera o atrás da
porta
Com um cabo de
vassoura.
O pinguço sai
correndo
No meio do
embaraço
Pau nas pernas nas
orelhas
Na cara no
espinhaço
Cai aqui cai acolá
A mulher lhe
espanca
Chama atenção do
povo
A pele do bebo arrasa
Não deixa entrar
em casa
Ele volta pro bar
de novo.
Doenças nos
dependente
De álcool causa
ferida
Prejudicando a
saúde
Encurtando a sua
vida
Várias dores a sentir
Mas não estão nem
ai
Achando tudo
bacana
A bebida é sua
musa
E o remédio que se
usa
É uma dose de
cana.
A gastrite e cirrose
Deixa o bebo adoentado
Nuns provoca
tremedeira
Outros ficam todo
inchado
Bebedor se
aborrece
Sua sede só cresce
Com as moagens
modernas
No meio daquela fadiga
Vai crescendo a
barriga
E afinando as
pernas.
A bebida é uma princesa
O bebo é gamado
nela
Não vai atrás de ninguém
Ele é quem procura
ela
Parece ser um
castigo
A pinga destrói seu
“figo”
Deixando sua mente
fraca
Na farra é só
alegria
Mas depois vem
agonia
Dor de cabeça e
ressaca.

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