terça-feira, 9 de janeiro de 2018

NÃO SOU VIOLEIRO,MAS SAUDO OS CACHACEIRO






EU NÃO SOU VIOLEIRO, MAS SAUDO OS CACHACEIRO.
O bebedor viciado
Gosta de fazer uma graça
Quando vai pra algum lugar
Enche a cara de cachaça
De um modo rotineiro
Gasta todo o seu dinheiro
 Está sempre no abandono
De tanto tomar pifão
Deita-se logo no chão
Do bar e pega no sono.

Se o viciado tá duro
Anda meio desconfiado
Aparecendo quem lhe banque
Ele fica animado
Começa a fazer zoada
De língua toda enrolada
Fazendo feio pagando migo
Pode tá liso macaco
Dizendo que é muito rico.

O pé inchado na festa
Com seu jeito cretino
Cai no chão não sente nada
Seu corpo não é mufino
Cedo da noite adormece
Não vê quando amanhece
Nem aproveita a noitada
Bebedor é desse jeito
Termina o efeito
Ele não lembra de nada.

O povo grita o “bebo”
 Pé inchado sai do meio
Ele cai e se levanta
Na festa fazendo feio
Não olha o que tá passando
Para nada esta ligando
Por quê  “bebo” e sem noção
Com esse costume rude
Levanta sujo de grude
Por ter dormido no chão.


Se ele vai ao cabaré
É interessante pra ver
Fica ao lado das quengas
Mas somente pra beber
Aparece uma sacana
Faz ele gastara grana
Com trairagem profunda
Diante de uma safada
O bêbado não serve pra nada
leva é dedada na bunda.

“bebo” sendo baderneiro
Com atitude malicia
O dono do bar reage
Ligando pra policia
A PM de supetão
Joga ele no camburão
Chutando metendo a peia
Chama o troço de imundo
Dizendo vamos vagabundo.
Dormir um bom sono na cadeia.

Tem tipo de pigunço
Que as vezes quer brigar
Estando com a cara cheia
Começa logo atentar
Perturbando o barzeiro
Com um maldito chamego
Outros deitam no capim
Sujeito a muruim
E mordida de morcego.

Cachaceiro tem sorte
Se sua mulher é valente
Quando ele se embriaga
Dela ganha um presente
Só volta na madrugada
E ela bastante zangada
Com a mente arrasadora
Pra mesma pouco importa
Espera o atrás da porta
Com um cabo de vassoura.

O pinguço sai correndo
No meio do embaraço
Pau nas pernas nas orelhas
Na cara no espinhaço
Cai aqui cai  acolá
A mulher lhe espanca
Chama atenção do povo
A pele do bebo arrasa
Não deixa entrar em casa
Ele volta pro bar de novo.

Doenças nos dependente
De álcool causa ferida
Prejudicando a saúde
Encurtando a sua vida
Várias dores a sentir    
Mas não estão nem ai
Achando tudo bacana
A bebida é sua musa
E o remédio que se usa
É uma dose de cana.

A gastrite e cirrose
Deixa o bebo adoentado
Nuns provoca tremedeira
Outros ficam todo inchado
Bebedor se aborrece
Sua sede só cresce
Com as moagens modernas
No meio daquela fadiga
Vai crescendo a barriga
E afinando as pernas.

A bebida é uma princesa
O bebo é gamado nela
Não vai atrás de ninguém
Ele é quem procura ela
Parece ser um castigo
A pinga destrói seu “figo”
Deixando sua mente fraca
Na farra é só alegria
Mas depois vem agonia
Dor de cabeça e ressaca.

                                                                           POETA –BARTOLOMEU MENDES  

Nenhum comentário:

Postar um comentário