domingo, 26 de agosto de 2018

CASO CHAPADO




CASO CHAPADO

Chapada  é um povoado
Onde há varias fuzacas
E as vozes  a bebaada
Se infezam e puxam as facas
Uma porcentagem do povo
Incluindo velho e novo
Possui as carnes bem fracas

No dia 11 de agosto
Teve a festa do  Valdir
Com um bingo de um terreno
Onde não há calumbi
E na quina tinha vassoura
Todas de palhas bem duradouras
Feitas das carnaúbas daqui .

Na festa as atrações
Ganharam um certo destaque
O botequim tava cheio
De bebo com seu sotaque
As periquetes de montão
Andavam como coração
Batendo tique tique taque  

Na noite eu fui confundido
Com alguém do buriti só
Eu falei : olha menina
Eu moro é no brogodó
Disse ela ,desculpe então
Eu falei tem nada não
No escuro eu sou bem maior.

  
Quatro cabra da pesada
Formava a linha da frente
Um violeiro  e o peteca
E o picareta demente
É um cantor do agreste
Vaidoso que só a peste
Cretino e saliente

O tal cantor do agreste
Não pensem que é o Ronaldo
É o violeiro inocente
Acatou com respaldo
Pois nunca imaginava
Que o cantor também desejava
Provar também do seu caldo.

Da festa o mais badalado
Foi o choque dos artistas
Entre o cantor do agreste
E o musico violonista
O agresteiro gamou
na mina do tocador
após a primeira a vista.

Me contaram que na segunda
O violeiro recebeu
A visita do cantor agresteiro
No abrigo seu
O cantor trouxe presente
E o violeiro  humildemente
Aceitou e agradeceu

O violeiro ficou cabrero
Ao ver a sua donzela
Lhe pedir a primeira vez
De maneira bem singela
Pra ir para casa da visinha
No período da noitinha
Assistir uma novela.

Ele já desconfiou
Mas falou para ela vá
É depois venha de pé
Pois eu não vou te buscar
Essa é a ordem da vida
  Quem vai de frente a avenida
Sozinha sabe voltar.

Mais tarde ele refletiu
A mulher não da voltou
Eu disse que não iria atrás
Mas me acovardo é vou
Chegou na casa da visinha
Falou cadê fulaninha
Disseram nem aqui passou

Ele enfureceu-se o que
Não pode que aquele peste
Carregou minha amada
Que de alegria me veste
Ai um amigo de fé
Declarou a tua mulher
Fugiu para o agreste


Ai ele voltou para casa
Maquinando eu to  lascado
Algo que adquiri
Em pouco tempo foi roubado
Não pensei que aquele trem
Subtraísse também
Há cantorzinho desgraçado


  
Rapidamente o violeiro
  Foi a família comunicar
É a mãe da mulher falou
Pra ele agora vai buscar
E se a mesma não vim
Pode apelar para mim
Que eu faço ela voltar  

Eé debaixo de taca
Pra ele vê o que é bom
Do agreste até a chapada
A tuica muda o tom
Vou meter o cipó nela
Que as apa bunda e canela
Dum jeito ou outro faz som

O violeiro ganhou fama
Melhorou o astral
Se aliou com o picareta
Que e quase um federal
E foram na cu de fumaça
Abastecidos de cachaça
Um três oito e um punhal

Na primeira tentativa
A mulher disse vou não
Pode vir o labareda
  O Antonio Silvino e o lampião
Mas eu não troco um cantor
Por um simples tocador
Modesto de violão

O violeiro e o picareta
Planejaram outra busca
De novo na cú de fumaça
Vestidos numa farda fusca
Dizendo agora a conversa
Vai ser dura e perversa
Criativa e bem rusca.
E não é que desta vez
Obteram um bom resultado
A mulher disse vou com você
Meu violeiro amado
Pois saiba que este cantor
A noite é peidador
É falha no casqueado

Bravo, bravo foi o violeiro
Pela insistência mostrou
Que alem de artista
E repleto de paciência
Ele não é um qualquer
E troxe mesmo a mulher
 de volta a sua residência

Engrandeço o picareta
Que mostrou ser bacana
Dizem que ele é um vadio
E um panaca , e uma banana
O cara não é fidalgo
E agora serviu pra algo
Muito alem de tomar cana.

Ponho um fim na narração
  E sigo a minha estrada
Relatei mais um b o
Do povoado chapada
Que é uma região
Onde a dona confusão
Adora fazer morada.

POETA- BARTOLOMEU MENDES
 DATA 26 08 2018


Nenhum comentário:

Postar um comentário