CASO
CHAPADO
Chapada
é um povoado
Onde
há varias fuzacas
E
as vozes a bebaada
Se
infezam e puxam as facas
Uma
porcentagem do povo
Incluindo
velho e novo
Possui
as carnes bem fracas
No
dia 11 de agosto
Teve
a festa do Valdir
Com
um bingo de um terreno
Onde
não há calumbi
E
na quina tinha vassoura
Todas
de palhas bem duradouras
Feitas
das carnaúbas daqui .
Na
festa as atrações
Ganharam
um certo destaque
O
botequim tava cheio
De
bebo com seu sotaque
As
periquetes de montão
Andavam
como coração
Batendo
tique tique taque
Na
noite eu fui confundido
Com
alguém do buriti só
Eu
falei : olha menina
Eu
moro é no brogodó
Disse
ela ,desculpe então
Eu
falei tem nada não
No
escuro eu sou bem maior.
Quatro
cabra da pesada
Formava
a linha da frente
Um
violeiro e o peteca
E
o picareta demente
É
um cantor do agreste
Vaidoso
que só a peste
Cretino
e saliente
O
tal cantor do agreste
Não
pensem que é o Ronaldo
É
o violeiro inocente
Acatou
com respaldo
Pois
nunca imaginava
Que
o cantor também desejava
Provar
também do seu caldo.
Da
festa o mais badalado
Foi
o choque dos artistas
Entre
o cantor do agreste
E
o musico violonista
O
agresteiro gamou
na
mina do tocador
após
a primeira a vista.
Me
contaram que na segunda
O
violeiro recebeu
A
visita do cantor agresteiro
No
abrigo seu
O
cantor trouxe presente
E
o violeiro humildemente
Aceitou
e agradeceu
O
violeiro ficou cabrero
Ao
ver a sua donzela
Lhe
pedir a primeira vez
De
maneira bem singela
Pra
ir para casa da visinha
No
período da noitinha
Assistir
uma novela.
Ele
já desconfiou
Mas
falou para ela vá
É
depois venha de pé
Pois
eu não vou te buscar
Essa
é a ordem da vida
Quem vai
de frente a avenida
Sozinha
sabe voltar.
Mais
tarde ele refletiu
A
mulher não da voltou
Eu
disse que não iria atrás
Mas
me acovardo é vou
Chegou
na casa da visinha
Falou
cadê fulaninha
Disseram
nem aqui passou
Ele
enfureceu-se o que
Não
pode que aquele peste
Carregou
minha amada
Que
de alegria me veste
Ai
um amigo de fé
Declarou
a tua mulher
Fugiu
para o agreste
Ai
ele voltou para casa
Maquinando
eu to lascado
Algo
que adquiri
Em
pouco tempo foi roubado
Não
pensei que aquele trem
Subtraísse
também
Há
cantorzinho desgraçado
Rapidamente
o violeiro
Foi a família
comunicar
É
a mãe da mulher falou
Pra
ele agora vai buscar
E
se a mesma não vim
Pode
apelar para mim
Que
eu faço ela voltar
Eé
debaixo de taca
Pra
ele vê o que é bom
Do
agreste até a chapada
A
tuica muda o tom
Vou
meter o cipó nela
Que
as apa bunda e canela
Dum
jeito ou outro faz som
O
violeiro ganhou fama
Melhorou
o astral
Se
aliou com o picareta
Que
e quase um federal
E
foram na cu de fumaça
Abastecidos
de cachaça
Um
três oito e um punhal
Na
primeira tentativa
A
mulher disse vou não
Pode
vir o labareda
O Antonio
Silvino e o lampião
Mas
eu não troco um cantor
Por
um simples tocador
Modesto
de violão
O
violeiro e o picareta
Planejaram
outra busca
De
novo na cú de fumaça
Vestidos
numa farda fusca
Dizendo
agora a conversa
Vai
ser dura e perversa
Criativa
e bem rusca.
E
não é que desta vez
Obteram
um bom resultado
A
mulher disse vou com você
Meu
violeiro amado
Pois
saiba que este cantor
A
noite é peidador
É
falha no casqueado
Bravo,
bravo foi o violeiro
Pela
insistência mostrou
Que
alem de artista
E
repleto de paciência
Ele
não é um qualquer
E
troxe mesmo a mulher
de volta a sua residência
Engrandeço
o picareta
Que
mostrou ser bacana
Dizem
que ele é um vadio
E
um panaca , e uma banana
O
cara não é fidalgo
E
agora serviu pra algo
Muito
alem de tomar cana.
Ponho
um fim na narração
E sigo
a minha estrada
Relatei
mais um b o
Do
povoado chapada
Que
é uma região
Onde
a dona confusão
Adora
fazer morada.
POETA-
BARTOLOMEU MENDES
DATA 26 08 2018
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