quinta-feira, 14 de março de 2019

OS DOIS DISPARO SEM ALVO NO SUSTO



OS DOIS DISPARO SEM ALVO NO SUSTO

Certa noite adormeci
E dormindo eu sonhei,
Com um lá tão diferente,
Daquele que eu adotei
Tudo era bem contrário
Do que vi quando acordei.

No sonho minha mãe
Era uma velha precavida,
Não gostava que ninguém
Atormentasse sua vida,
E dormia com um três oito,
Bem debaixo da dormida.

O pai dormia de lado
Como era vida real
Os dois ficavam num quarto
Em um silêncio total
E a porta era assim,na frente
Com uma cortina normal.

No quarto havia um filhote
De gato renascido,
O qual era por minha mãe
E pela gata muito querida,
E as duas o vigiavam
Pra o mesmo não ser comido.
  
E não é que numa noite
Um gato estranho apareceu
E no quarto na surdina
O danado se meteu,
E com a gata e o filhote
Ele sem pensar mexeu.

A gata para defender
A seu gatinho,miou,
E a velha naquele instante
Assustada, acordou,
Pegou a arma e duas vezes
No escuro disparou.

Um dos tiros acertou
A corda de supetão,
Da rede do velho meu pai
Que veio com o lombo no chão,
O mesmo estava dormindo,
Ficou bravo com razão.

Perguntou o que é isso...
Tu tá é doida é mulher
Fica atirando sem alvo
Num tremendo que quer,
Se atira se souber em quem
Seja a onde estiver.
  
Ela disse,foi um diabo.
De um gato com tirania,
Que veio comer o gatinho
Em plena essa hora fria,
Só que ele se lascou
Voltou de pança vazia.

Ai o velho entendeu tudo
E rapidinho se levantou,
E novamente a sua redinha,
Gentilmente,logo armou,
A mãe o pichano assassino
De arma em punho caçou.

Só que não viu mais não
Ele já havia se mandado,
Após aqueles disparos
Que ele ouviu avechado,
Ele imaginou tô fora
O chumbo aqui é dobrado.

A velha lotou de bala
Novamente o danadinho,
Dizendo assim,ninguém ...
Vai comer o meu gatinho,
Nesta hora ai,eu acordei
Rindo , adoidado sozinho.

AUTOR-BARTOLOMEU MENDES

DATA 14-03-2019 

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