A VERDADE E A MENTIRA
Certa vez eu passeando
Na mata da macambira
Ai ouviu o tom de vozes
De alguém com grande ira
Aproximei-me dum grotão
Vi de perto a discussão
Da verdade com a mentira
A mentira se gabava
Dizendo sou muito usada
Estou sempre com o povo
Em casa ou na estrada
E afirmou sua loucura
Toda hora tô na boca
Ama-me a rapaziada
Eu estou sempre presente
No meio da sociedade
Não tenho morada certa
Mas sou uma celebridade
Ando na zona rural
E fico de auto astral
Desfilando na cidade
E comentou eu nasci
Na era paleolítica
Tive grande crescimento
No período neolítico
Agora na idade nova
Muita gente me aprova
Principalmente politico
E dizia a galera
Gosta de mim pra valer
Eu estou muito famosa
Fazendo inveja a você
Continuo aparecendo
No dia a dia crescendo
No radio e na tv
A verdade lhe reprimiu
Dizendo sua égua feia
Quem se ilude com você
Toma tapa ou leva peia
Cai na vereda do engano
E passa um montão de ano
Trancado lá na cadeia
Disse aquele que te segue
Não passa de um qualquer
Que às vezes tem prato
Mas lhe falta a colher
E se for casado
Que minta adoidado
E sujeito perder a mulher
Afirmou quem gosta de ti
E enrolado ou ladrão
Que anda pegando no alheio
Ou roubando a nação
Por mais que seja esperto
Quando tudo e descoberto
Vai direto pra prisão
Pois quem fica do teu lado
Só sabe fazer maldade
Vive fazendo trapaça
Usando a vaidade
E falso até o gemido
Merece ser excluído
Da nossa sociedade
Terminando a discussão
Cada qual foi para seu lado
A mentira virou fumaça
Desfez-se na mata fechada
A verdade embarcou
Numa nuvem que passou
Com um brilho prateado.
POETA BARTOLOMEU MENDES
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