quarta-feira, 5 de setembro de 2018

MUSEU NACIONAL



LITERATURA DE CORDEL
Nas chamas daquele incêndio
Pereceu a nossa história
Autor: Antonio Carlos de Almeida



O domingo dois de setembro
Entrará para história
Como um dos piores dias
A se guardar na memória
Eu penso não é possível
Foi uma tragédia horrível
Fruto de coisa banal
A negligência do estado
Assim vimos ser queimado
O museu nacional.



Foi na noite de domingo
Em que tudo começou
E em pouquíssimas horas
Tudo ali se transformou
Em cinzas, e o passado
Foi brevemente apagado
Veja que calamidade
A história da nossa gente
Pereceu ligeiramente
Junto à nossa identidade.



Tanto documento histórico
Virou cinzas em segundos
Pra quem gosta de história
É um lamento profundo: 
A carta de pero Vaz
Lei áurea e muito mais..
Mais de noventa por cento
Do arquivo existente
Queimou-se ligeiramente
Restou apenas lamento.


As causas do tal incêndio
Ainda são desconhecidas
Só sabemos que muitas coisas
Importantes, foram perdidas
Quem defende história e cultura
Sabe a tamanha amargura
É triste a realidade
Pois foi-se o nosso museu
E junto desapareceu
Um pedaço da humanidade.



Depois daquela tragédia
De efeito lastimável
Todo mundo é inocente
Ninguém quer ser responsável
Ninguém sabia de nada..
Isso é história furada
Pois deve haver um culpado
Enquanto há o joga joga
A nossa história se afoga
No escuro do passado.



E esse é mais um retrato
Da vergonha nacional
Ainda bem que estamos
Em período eleitoral
Onde ninguém é ruim
Se mistura ao pobrezim
Para o seu voto ganhar
Por isso fique atento
E investigue o elemento
Em que deseja votar.

FIM
SÃO JOÃO DA SERRA-PI

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