sexta-feira, 4 de maio de 2018

ENIGMAS DA NATUREZA




ENIGMAS DA  NATUREZA

Deus ao fazer esse mundo
Teve uma boa intenção
Fez bicho de toda forma
Com toda composição
Um mansinho outro esperto
Mas da forma que da certo
Pra viver nesse mundão

Deu para o ser humano
Inteligência de sobra
Ensinou ao passarinho
Voar fazendo manobra
Para o Tejo um bom ouvido
E por ser bem prevenido
Não deu perna pra cobra

Por ter muita gentileza
Nos ensinou a falar
Os cachorros a latir
Ovelha e bode a berrar
Pra cascavel deu chocalho
E  pro papagaio o saber de imitar

Para o leão deu a juba
E força que tudo abafa
Fez a iena pequena
Mas muito alta a girafa
O peixe botou no rio
E hoje é um desafio
Pra se livrar da tarrafa

O jabuti ficou lento
Mas vive muito bem assim
A lesma do mesmo jeito
E muito lenta também
Já o veado e ligeiro
Para entrar em um balseiro
Corre mais do que um trem

Fez o belo sabia
Para cantar nas campinas
A curica zoadenta
Igualmente uma buzina
O urubu que coitado
Que por nosso pai foi criado
Para comer fedentina.


A acuam foi criada
Para cantar toda magoa
A garça também e ave
Dentro do rio se enxaguar
O peixe boi baleia
Enfrenta uma coisa feia
Que é mamar dentro d’aqua


Fez a vaca bem leiteira
Maneira que muito agrada
Alimenta bem a bezerrama
Sobra ainda pra coalhada
O sapo também tem leite
Porem é só pra enfeitar
Por que não serve pra nada.

Pra galinha deu o bico
Pra comer o miúdo
Cata o milho no terreiro
No campo come cascudo
Não colocou dente nela
Mas botou papo e moela
Que tritura mesmo tudo.

Fez o mocó que adora
Morar num grutilhão
O jacu vive atrepado
O tatu dentro do chão
Interessante e a gia
Só que tá na mordomia
Na água da cacimba.

O peba dentro do chão
Também é um morador
Ele adora comer milho
Mas não é trabalhador
Tando muito aperreado
Cava mas que um trator

Ao criar a taliana
Colocou no rebanho
Junto com os outros bichos
E viu Deus que ser estranho
Com muita sabedoria
Deu-lhe muita valentia
Porem não lhe deu tamanho.

Fez o tubarão que nada
O jumento que corre
A raposa foi criada
Já bastante sabidinha
Que vive com a boca aberta
Doida pra comer galinha.

Deu carinho a mulher
Safadeza ao galo
Tudo muito diferente
Não levou no mesmo  embalo
Como quem dá uma trégua
E assim coice de égua
Nunca matou o cavalo.

Se criou os dinossauros
Eles não lhe deram ouvidos
Não caminhando na linha
Por serem bem destemido
Esses seres assassinos
Não se mostraram granfinos
 Foram logo destruídos

Os pássaros botou pra
Conviver com agente
Mas o seres  humanos
Nos mostrou-se bem delinquente
Nosso Deus se arrependeu
Por que o homem prendeu
Esse bichinho inocente.

Com certeza nosso Deus
E o maior arquiteto
A terra é uma aquarela
A terra é uma casinha
É o céu e o seu teto
De forma bem resolvida
Tudo saiu na medida
Nada errou no seu projeto

A terra é muito bonita
 E a terra e muito bela
 Deus é o melhor pintou
E  ela a melhor aquarela
Ela gira sem para
Tudo fica em seu lugar
Nada se desgruda dela.



Tudo que existe no mundo
Possui a sua destreza
Uns tem sua  sabedoria
 Já outro a malvadeza
O homem aprendeu
Porem só se esqueceu
De cuidar da natureza

Termino mais um cordel
Continuando a produção
Sou um poeta matuto
É com esse versos meus
Agradeço a Deus
 Ter nascido no sertão.

POETA-ANTONIO CARLOS ALMEIDA
DATA-04 DE MAIO DE 2018






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